domingo, maio 18, 2008

Introspecção

Amor, essa palavra tão dignamente banalizada. Existem muitas formas de amor, como todos nós sabemos: amor de amigos, de amantes, de família, etc. Porém, no fundo, resume-se tudo a uma simples questão: Qual é o nível do nosso amor por determinada pessoa para estarmos dispostos a fazer cedências? Cedências essas que não devem ser vistas como um sacrifício mas como algo que se faz espontaneamente. Falar é fácil… mas é nas atitudes que se percebe o quão profundo é ou não o amor. Por outro lado, existe a cegueira, que muitas vezes é castradora e apesar de ser condenável é compreensível. E talvez cedência não seja a palavra mais correcta. Indo ao fundo da questão somos todos egoístas. Se cedemos espontaneamente por alguém é porque queremos ver essa pessoa feliz, mas é também porque isso contribui para o nosso bem-estar. Não estamos bem quando os seres amados não estão. É um egoísmo altruísta sem o ser.

Se existisse uma escala em que conseguíssemos identificar o nosso nível de amor seria muito mais fácil. Faria um gráfico mensal para todas as pessoas que considero importantes e todos os dias classificaria esse amor de 0 a 20, por exemplo. No final do mês via a evolução. Depois procederia a uma análise detalhada dos acontecimentos ao longo desse mês que justificariam os picos desse gráfico. No final elaboraria uma estratégia para cada pessoa, de modo a que não existissem picos negativos. No mês seguinte seria altura de concluir se as estratégias anteriores tinham ou não resultado. Manter ou alterar a estratégia? Há pessoas que mudam e para as quais deixamos de ter interesse, seja qual for a estratégia a utilizar… Nessa altura apago uma folha de Excel das minhas emoções. Contudo, não gosto de desistir de ninguém, mas se alguém desiste de mim que fazer? Prefiro esquecer esta parte e concentrar-me nas pessoas que me amam e que eu sei que amo.


I know your eyes in the morning sun
I feel you touch me in the pouring rain
And the moment that you wander far from me
I want to feel you in my arms again

And you come to me on a summer breeze
Keep me warm in your love and then softly leave
And its me you need to show

How deep is your love
I really need to learn
cause were living in a world of fools
Breaking us down
When they all should let us be
We belong to you and me

I believe in you
You know the door to my very soul
You’re the light in my deepest darkest hour
You’re my saviour when I fall
And you may not think
I care for you
When you know down inside
That I really do
And its me you need to show


How deep is your love?

1 comentário:

SK disse...

Concordo com tudo o que disseste... O amor pode ser cego (infelizmente), mas no nosso caso, o amor de amigas é bem visível, real e sabe bem :)!... E sim, acredito que devemos apenas concentrar-nos nas pessoas que realmente nos amam e que amamos, pois só essas merecem as nossas cedências e confiança. Aqueles que desistem de nós acabam por ser esquecidos, mais cedo ou mais tarde (por isso, mais vale não nos preocupamos)... a não ser que decidam voltar a acreditar em nós... Mas existem mudanças incuráveis.

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