segunda-feira, julho 28, 2008

180

Era mesmo aquela música que me apetecia ouvir! Lá ia eu no meu carro e na companhia da música e do meu pensamento. Aquela música lembrava-me qualquer coisa... Quando dei por mim estava a pensar nos últimos anos da minha vida. Dei-me conta que muita coisa mudou, eu mudei. Não sei se para melhor se para a pior, a verdade é que já não sou a mesma.

Recordei-me de um dia em particular e o quão doloroso esse dia foi. Que diferença, que revolução e que volta de 180 graus! Lembrei-me, também, de uma pequena decisão, nada de relevante (julgava eu), que acelerou todo o processo (agora que penso nisso fico com a sensação que foi uma espécie de chamamento, tinha de ser e pronto!).

Uma coisa é certa: sinto-me muito bem, poderosa! :p

quarta-feira, julho 16, 2008

Hoje

Há tanta coisa que queremos dizer e não dizemos. Seja por vergonha, medo ou cobardia muitas vezes ficamos calados a ouvir o nosso íntimo - "Diz, diz!". Depois, andamos o tempo todo a remoer que deviamos ter dito, até já sabemos o discurso de trás para a frente, até já sabemos que com aqueles argumentos deixamos o outro calado. Mas, esta última parte é a que menos importa.

O que importa é dizermos tudo aquilo que queremos e sentimos na hora, por mais errados que estejamos, por mais injustos que sejamos. Temos sempre o depois para pedir desculpa (não estou com isto a dizer que a desculpa é desculpa para tudo!). Acumular gera mau estar connosco e com os outros.

Estamos todos aqui para comunicar e resolver os mal entendidos (e a discussão serve para a reconciliação ser celebrada, é tão bom fazer as pazes)!


Já diz o velho ditado: "A falar é que a gente se entende!"

segunda-feira, julho 14, 2008

Sem Título

I

- E agora, o que é que vamos fazer? – Disse Marta, quebrando, por fim, aquele silêncio que já durava, parecia, horas.

- Não faço a mínima ideia. – Disse Guilherme com a voz trémula. – Porra! Porque é que isto tinha de nos acontecer agora? Porquê? – Continuou, mas desta vez com a voz a desvanecer-se e dando um murro na parede enquanto proferia estas palavras.

Eram perguntas para as quais não tinham resposta, afinal tinham tido tanto cuidado, porém tinha acontecido, ela engravidara.

Dois adolescentes, ela com apenas dezasseis anos, feitos recentemente, e ele prestes a fazer dezanove. Qual destino mais arrogante, capaz de mudar a vida de duas sementes ainda com muito para aprender e crescer.

Miguel provinha de uma família com um estatuto social bastante elevado. O pai era médico, especializado em ortopedia. Era considerado por todos um excelente profissional e um dos melhores ortopedistas da cidade de Faro. A mãe era directora de uma, bem sucedida, empresa de telemóveis.

Quem é que não conhecia a família Monteiro? Quem? Era uma família respeitada por todos, de quem todos queriam ser amigos, vizinhos, primos, afilhados…

A família era constituída por seis elementos: o pai, Jorge Monteiro; a mãe, Manuela Monteiro; e os quatro filhos. Os mais velhos eram os gémeos Guilherme e Maria Eduarda, a do meio era a Cármen de catorze anos e por último o pequeno Francisco de sete anos.

Viviam numa casa que parecia um palácio e o jardim quase se perdia de vista. Cada jovem tinha o seu próprio quarto, decorado ao gosto de cada um. Eram todos quartos amplos. O do reguila Francisco tinha o seu super herói, o homem-aranha. Tudo naquele quarto era do homem-aranha: a colcha, as cortinas, a arca dos brinquedos… O quarto da Cármen era moderno, sofisticado, em tons de laranja; a cama era espaçosa e ao fundo ainda se encontravam vestígios de quem um dia foi criança, as bonecas. Quando a menina mais nova não estava em casa, aquele quarto estava impecável, devido aos cuidados que a D. Ana, empregada da família havia anos, se esforçava por manter arrumado.


Mais uma coisa que andava perdida. Tinha vergonha d'isto, mas a verdade é que bom ou mau é meu! É o início de uma história (inacabada) para um projecto de Português, quando eu tinha 15 anos... Há muitas mais páginas escritas, espero encontrá-las!


domingo, julho 13, 2008

A ternura dos 17


Encontrei isto no "baú"! Já nem me lembrava.
Toda contente, numa saída a uma 4ª. As famosas 4ªs...
Este sorriso inocente não engana ninguém... Já lá vão uns anos, bons tempos.
Só nós sabemos ;)

quarta-feira, julho 09, 2008

:)

Tenho saudades das nossas conversas, da forma analítica e madura como analisas as situações.
Tenho saudades tuas!

Será que é hoje?

domingo, julho 06, 2008

J'adore Le Matin

Andava eu a remexer nas minhas pastas de música e encontrei uma que já não abria há imenso tempo... Aquela que tem aquelas músicas que eu ouvia nos tempos menos bons. Porém, não quero associar estas músicas só a esses momentos.
Entre estas músicas, encontra-se uma sobre a qual eu já escrevi: Le Matin de Yann Tiersen.

E reescrevo:

Alguém me disse um dia que as manhãs são poéticas, estou completamente de acordo.
A manhã é aquela parte do dia em que, por breves instantes, tudo o que aconteceu no dia anterior é simplesmente sonho/pesadelo. Conforme o dia vai avançando vai-se tendo o contacto directo com a realidade, mas, agora, concentremo-nos apenas nas manhãs... nem que seja por breves instantes.



E as minhas manhãs são tão boas :)

quarta-feira, julho 02, 2008

Saudades


Tenho saudades de tirar fotografias e de ouvir o "click" da minha máquina. Muito, mesmo...
E poderia escrever um texto enorme sobre o que é, para mim, fotografar mas, não me apetece partilhar.