sábado, abril 12, 2008

?! :)

Estavas ali, ao fundo. Não dei por ti. Naquele dia senti-me assustada, estavas perto demais, a invadir o meu espaço. Inconscientemente aproveitavas a pequena e limitada oportunidade para comunicares comigo.
Qualquer coisa me dizia para seguir em frente, senti-me empurrada por uma tal energia simplesmente inexplicável. Era um impulso constante que eu renegava. Até ao dia em que eu pressentia que, se tomasse uma atitude aparentemente inofensiva, a minha vida seguiria um rumo completamente diferente.* Assim fiz.
Nem tive de esperar mais que um dia (eu sabia que não demoraria). E não queria que visses aquela frase escrita. Por isso, retirei-a antes que a pudesses ver. Nunca pensei que fosses tu, afinal, o objectivo era apagá-la quando tu aparecesses, nem associei o impulso de a apagar! Começava uma nova aventura de partilha e pura sinceridade. Inicialmente uma mistura agridoce de medo e descontracção total. Queria mais. Nada fazia. E tinha mais.

"Porquê? Será sempre assim? É normal? Eu não sei se é normal... E se for? Espero que (não) seja."

O tempo passou e tudo ficava mais intenso.

"Como? Quando? Porquê? Onde?"

Já está! Fomos apanhados na armadilha.

"E agora?! Que fazemos?!"
"Nada. Aproveitamos a oportunidade."



*Agora sei que não seria diferente.



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