O olhar estava perdido entre o nada e o vazio. O calor do Sol que entrava pela janela do comboio confortava-me. Uma estação. Outra estação. Aquela estação. Até que ele entrou para a minha carruagem e sentou-se no banco da frente. Os óculos de sol permitem-me olhar fixamente sem ser "descoberta". Não consigo deixar de olhar.
Como é que se chama? Que idade tem? Estuda? Trabalha? Enquanto tentava responder mentalmente a estas questões (e outras) ele tirou da mala uma máquina fotográfica reflex e várias lentes dando início uma sessão fotográfica aos bancos e ao que a janela deixa transparecer. Tive vontade de dizer "Eu também adoro fotografia." e continuar o diálogo, mas a minha paragem estava perto e não houve tempo, nem coragem para tal.
Às vezes penso se não deveria ser mais impulsiva. Quantas oportunidades não deixámos já escapar? E não me refiro só a este tipo de episódios. Agora parece-me tudo perfeitamente parvo e dá-me vontade de rir, mas na altura era o que me apetecia fazer (sim, eu sei que não podemos fazer tudo o que nos apetece), só que...
Como é que se chama? Que idade tem? Estuda? Trabalha? Enquanto tentava responder mentalmente a estas questões (e outras) ele tirou da mala uma máquina fotográfica reflex e várias lentes dando início uma sessão fotográfica aos bancos e ao que a janela deixa transparecer. Tive vontade de dizer "Eu também adoro fotografia." e continuar o diálogo, mas a minha paragem estava perto e não houve tempo, nem coragem para tal.
Às vezes penso se não deveria ser mais impulsiva. Quantas oportunidades não deixámos já escapar? E não me refiro só a este tipo de episódios. Agora parece-me tudo perfeitamente parvo e dá-me vontade de rir, mas na altura era o que me apetecia fazer (sim, eu sei que não podemos fazer tudo o que nos apetece), só que...