A família estava reunida; várias gerações. Cada um contava as suas aventuras "naquele tempo é que era difícil (...)". A conversa vai-se desenrolando, as histórias vão surgindo, até que se chega àquelas que "até hoje não encontrei resposta".
"Estava no meu quarto, à noite, quando VI uma pessoa conhecida à beira da minha cama. Olhou para mim e foi-se embora. Não me conseguia mexer tal era o medo. No outro dia essa pessoa falecera."
"A casa era comprida e todos estavam na cozinha. Este era o único espaço onde existia luz. Era de noite. Decidi que havia de ir ao último quarto da casa, não me lembro fazer o quê. A meio do corredor há uma porta que separa a casa. Quando tentei passar essa porta parecia que estava perante uma força qualquer que não me deixava abrir a porta. Essa força "lutava comigo": umas vezes estava quase a conseguir abri-la, outras não. Até que parei. Toquei ao de leve e ela abriu-se completamente, como se nada a impedisse de o fazer. Voltei a correr para a cozinha e não disse nada a ninguém."
"etc."
Por muito sépticos que sejamos há sempre qualquer coisa bizarra que não conseguimos explicar "e olha que eu não acredito nestas coisas". Mas, sempre que se contam estas histórias, e num ambiente propicio, a adrenalina sobe e há uma mistura de medo com a sensação de desafio. Emoções estranhas, mas "agradáveis".
O pior é quando se está sozinho (como eu agora) e a nossa mente, por muito que a gente queira, não desliga. Enfim, há sempre uma almofada para agarrar e um lençol para cobrir a cabeça (ou não).
E tu? Qual a tua história do arco da velha?